domingo, 27 de setembro de 2015

imagem romantica

Romanticas

FLASH BACK POÉTICO

(Poemas extraídos da ANTOLOGIA POÉTICA DE 
TODOS  VI _ Coletânea de poemas apresentados no varal por ocasião das manifestações independentes  pelos poetas
na CinelândIa - agosto/ dez.1980/ Feira da Poesia. Editada e publicada por Leniel Jair
n'O Poético, nossa revista de poesia independente que perdurou por uma década 89/99 em Nova Friburgo/R.J).
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CHUVA de AMOR
Era como se fosse um hino 
de amor.
A chuva fazendo acordes
sonoros
uma canção,
compondo aquele cenário
dentro
de escuridão.
Vibrava o amor
com emoção...
E a chuva caía sempre
como se dela viesse
a força
do coração.

Mirtes Fernandes Renó
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MUDANÇA
Vou mudar daqui
mas quero levar comigo
o meu horizonte
o meu entardecer
o  meu nascer do sol
a minha estrela d'alva
a minha lua cheia.

Vou levar na minha bagagem
todas as cores do céu,
os pinheiros das montanhas,
as torres da televisão.

Vou levar a brisa suave e morna
pre aquecer minha cama.

Vou mudar daqui
mas quero levar toda cidade
na mala da saudade.

Mirtes Fernandes Renó                                               continua...


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

bálsamo


       

BÁLSAMO

POETAS NÃO COMPETEM

POETAS 
CONFRATERNIZAM-SE
ESBARRAM-SE NO INFINITO
                            DO INVISÍVEL
SER POETA 
É SER SENSÍVEL
É OUTRO PATAMAR
                  OUTRO NÍVEL
POETA NÃO MORRE: 
PEDE LICENÇA...

ESCORRE PELO CAULE
DA PLANTA MÁGICA 
DA SUA INSTIGANTE... VIDA.

                                     Teresa Jardim
                                       23/ 09 /2015

sábado, 19 de setembro de 2015

deslumbre

DESLUMBRE ou engrenagens

Encaixe das engrenagens
desenrolando o novelo
lançando no ar, um apelo
grito pela paz
Acompanhando 
os novos tempos
no quebra-cabeças, da vida
Vislumbro
visualizo a paisagem
_Cuidar
do não endurecimento
das concepções e idéias
Elas vivem melhores
flexíveis e maleáveis
não vulneráveis
Temos de cuidarmos
de não desenvolvermos
a contradição
Ela é extintora da chama
da razão

concluído em: 19/09/2015

terça-feira, 15 de setembro de 2015

escancara

ESCANCARA


poema de verdades 
composto de amor
flecha- cupido certeira

poema- torpedo
finaliza o medo
quebra o gelo

imposto pelo desconforto
transgride o silêncio
define o momento

a tempo
um verdadeiro abraço
jogado no espaço

lançado ao mar
ida sem revolta
não dá meia volta

e-s-c-a-n-c-a-r-a
o poema
que fala na cara

14.09.2015
Teresa Jardim

domingo, 13 de setembro de 2015

fundo do baú IV


                                                                fundo do baú IV



AMIGO AMIGA AMOR


Eles querem ver o circo pegar fogo
Invejam a alegria dos palhaços
Trapezistas em equilíbrio pleno
E a beleza e amizade Circenses

Eles estão escondidos atrás

Das muralhas dos seus medos
Preconceitos, discriminações 
Ações compulsivas de ódio e solidão

Mas um dia...

Eles irão liber(t)arem-se
_Desejar a vida e amar o Sol!

Um dia eles "enxergam" 

Sintonizam...
Na pura luz do meu farol (he... )


22/07/1993_ Teresa Jardim
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                                                       POESIA DE VARANDA (meados de 90)

   STAR APAIXONADA I

_Estar apaixonada
é tê-lo no coração  
aceso                                                                                            
25 horas por dia!


_É não querer nada
não pedir nada
e ficar sorrindo atoa...

                                                                                                                                                          STAR APAIXONADA II

Estar apaixonada
é dormir nua
sob alguns cobertores
num dia de frio.

É deitar nas nuvens
- com os anjos-
e sonhar com Deus.

.
                                                                                                                                                            
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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Leniel Jair II (1950- 2015)




FOLHAS DO OUTONO

Estalo do talo
que quebra
e com a folha cai.
Balbuciante,
planeante desce a folha
apoiada no ar,
despreocupada com o pousar,
o vir se juntar
a legião do outono.
Chão de terra
coberto de grama,
chão de grama
coberto de folhas.
espalhadas, empilhadas
o balançar vacilante
ao sabor da brisa que tange.
O vento mais forte, ventania,
revoante trocar de posições;
parceiros novos,
novos amantes...
onde o sapo se esconde e grasni
e a formiga opera cortante.
Do verde-amarelo
ao roxo-marrom,
vê-se o límpido orvalho,
refletindo o Sol da manhã,
resquício de água sereno
sacia o lamber
da sede animal,
Meio dia de sol ardente
exaurindo as defesas.
O entardecer ressequido
estão as folhas secas do jeito
morrido, sopradas pelo vento
desconsiderando o rito.
Folhas da planta do talo estalido
no chão de grama se encerram
secas em terra.



     /1996            por  Leniel jair

(fonte: O Poético 15- N Friburgo/Rio)




segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Leniel Jair (1950-2015)

TER AMOR

Amemos
Amando
Amaleando
Âmago

Amai-vos
Ama vida
Ama ilha
Ama arcos
Ame barcos


Amei
Amei-a
A meiga
A mega

Ame ar
Ame-a
A mãe

Ame lar
Ame
Amainar
Amai-o
Amai-a

Ame ela
Ama mina
A mano
Ó meu!


LENIEL JAIR
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"INTENSO" _Deus me operou, quando em mim tocou, com o brilho sutil dos seus olhos... Teresa Jardim /96
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sábado, 5 de setembro de 2015

Reynaldo Jardim continua

Reynaldo Jardim continua ...



PÓS- PARTO

Se de repente se abre um tempo
amargo e a manhã - em vez de cantar
sua alvorada - silencia cinzenta,
ainda assim - confia, son_ha, inventa.
Se de repente se fecha o seu caminho 
e as pontes se quebram sobre os rios
e a aurora silencia cinzenta,
ainda assim - confia, sonha, inventa. 
Confia, que a confiança ilumina
a manhã e abre os portos. E joga
pra frente o passo certo.
Sonha, mas, sem dormir, mantem desperto
teu sentido no amanhã e inventa,
com tuas mãos o caminho a seguir.
E no caminho, não planta rosas
planta couve, alface, beterraba.
Sem fome, toda manhã será dourada.

(fonte: Sangradas Escrituras pág 69
Trabalho de Parto B 25)