Poema extraído do O Poético 14 (89/99)
QUASE SONETO DE QUASE AMOR
Portanto agora não vou mais chorar.
E a aurora, com seus dedos cor de rosa,
vai me pegar ao leito adormecido,
da noturna vigília enfim liberto.
Os astros voltarão ao seu percurso
normal, seguindo a lei do universo.
E o verso, mudo, vai cantar louvores
ao pássaro cantor da madrugada,
á lua, ao céu, às nuvens ao redor.
E tudo aquilo que restar da dor
do amor que por si só se consumiu
será na minha vida um bem maior.
JOÃO BOSCO