sexta-feira, 30 de outubro de 2015

vôo astral




Vamos voar?
plainar sobre as colinas
num voo inimaginável
... quase "surreal"
Vamos respirando
e soltando devagar;
já podemos sentir
os pés deixando o chão
Iniciou-se a levitação
movida pela meditação
e o corpo foi ficando leve 
pouco a pouco...
O vento batia no rosto
abrindo os cabelos com força
permitindo-nos mergulhar
no mar de estrelas do céu
Já circundando o planeta
no sentido contrário
numa grande girada
olímpica, transcendental






30/10/2015 Teresa Jardim

domingo, 25 de outubro de 2015

Cláudio Leal Cacau

 POETA DO SAL 
                                             CACAU LEAL
O SAL DA TERRA
(poesia publicada nos livros “Cabo Frio: o vento fala”, 2005 – autor-editor e “O inferno cronológico” – Ed. Oficina, 2011

O que é o sal no corpo das salinas?
O sal é a noite vestida de branco, cheia de encantos                   
O sal é lágrima desta viagem em mim
Através de outros prantos                                                                                         
Poço da alma

Fundo a que se chega somente despido e só

O que é o sal na alma?
O sal é o fundo e a superfície de estar não estando
Cor e luz e corte e planos
O sal é chama invisível como a palavra

Mas o sal, nas salinas, é mais:
Obra de arte geométrica
Concebida pela ação dos homens                                                            
Obra viva, inacabada, faminta…
Porém, o sal, fora das salinas, é mais ainda                               esculturas                                                                                                                                                                                          de MotoiYamamoto,  de sal
Viaja refinado em pequenos sacos
Entra no sangue de todas as classes
Retém a água, aumenta a pressão e mata.

O sal, ó portentoso sol, tem um lado bom?
Oh, sim, lágrimas do coração!
Eu passarei, tu passarás 
Não nos tornaremos o sal da Terra.


por Cláudio Leal Cacau
Poema e imagem, concedidos pelo autor; extraídos do blog do Selmo Vasconcellos.http://www.selmovasconcellos.com.br/colunas/entrevistas/cacau-leal-poeta-do-sal-entrevista-no-579/

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

a faca e o queijo




A FACA E O QUEIJO

Tem uma caneta aqui
Eis uma folha em branco na mão
Será que vai dar enredo?
Meu irmão (uma canção...)
Tem grande propensão
Tudo muito a quilo natural
Elemental sal & terra
Fogo na panela
Banana com aveia
Mingau com ou sem canela

Indígenas livres em sua floresta!

10/ 20115              Teresa Jardim
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EXOTÉRICA

Não procuro o que já tenho em mãos
O tesouro prateado da minha vida
Agradeço a todo instante e resisto...
Reconheço suas pegadas no caminho

Intuindo aromas exóticos & etéreos
Decifrando códigos,  sinais captando
Despejando seus azuis cristalinos...
Derramando luz na estrada encantada

10/ 2015                 Teresa Jardim

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Leila Míccolis


estrelando
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LEILA MÍCCOLIS 


_____________________________________________________________Site oficial da escritora Leila Míccolis
Site oficial de Leila Míccolis, escritora de livros, cinema, teatro e televisão - vida, obra, cursos on line e assessoria profissional literária
www.blocosonline.com.br
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ECO/ Leila/ LOGIA
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UTILIDADE PÚBLICA


Não mate moscas: 
as coitadas 

servem  para não deixar

suas mãos desocupadas..

Leila Míccolis
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 SUBSTITUIÇÃO 

No meu prédio 
compraram a área da frente, 
toda arborizada, 
para enfeitar a entrada. 
Depois, acharam bobagem, 
destruíram a paisagem, 
e a transformaram em garagem. 
Em compensação, porém, 
por amor à ecologia, 
puseram, no mesmo dia, 
papel pintado no hall 
no qual se vê, sob o sol, 
em nuances coloridas, 
lindas árvores floridas...

Leila Míccolis
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FONTES... DE RENDA


A ecologia
não diz respeito 
só à fauna e flora;
também se amplia
ao desrespeito
   a tudo o que o ser humano explora.

Leila Míccolis
______________________________________________________________________________________________________________________________________________da autora: direitos  autorais reservados___________________

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

"ternogravatacistas" Leniel Jair (1951- 2015)

ROCK'ROLL BRASIL& poesia



  LENIEL / 2015









  MAMONAS MORTAS

Acho muito provável
cebolas carpideiras.
Agente os tinha sem conceito
Dizíamos de suas 
músicas tolas.
as crianças os adoravam,
elas entendiam:
Com eles,
a cultura
resplandeceu.
Quem os viu
curtiu, venceu.
Nós só agora
ouvimos sem gosto,
seus gostos,
desgosto do que perdemos.

 03/03/1996  _   Leniel Jair

sábado, 3 de outubro de 2015

inquieta

FALA SÉRIO

Minha linda goiabeira
Te cortaram na segunda-feira
No sábado foi o dia em que
Extrapodaram a jaqueira...

É brincadeira!!!


Teresa Jardim/2015

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INQUIETO  

Ocupo o templo sagrado   
Doado por Deus
E a alegria de viver
É o que me faz movê-lo


Em nosso corpo
Instrumento de liberdade
'A alma se expande
Nos momentos de paz

Extrapolam-se os limites
Do plano físico& material
O habitat natural
De um espírito desperto

03.10.2015/ Teresa Jardim 

o amor é ativar


Esconde-esconde – Ilustração

AMOR



O negócio é ativar
agitar o esqueleto
colocar o coração
a frente e caminhar

Pela estrada afora
sem pensar em nada
sem pressa de chegar
sem hora pra voltar

-E meditar...
____________________________________________________TERESA JARDIM_____________________________
03.10.2015

AMIZADE

Colher temas de poemas
brincar de esconder
com você no vento
entre as nuvens...

Reconhecendo no gesto
autêntico, um irmão 
enxergá-lo na luz
e também na escuridão

Salve, salve coração!
__________________________________________03.10.2015_TERESA JARDIM______________________________________

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

flash back poético II

FLASH BACK POÉTICO II

(Poemas extraídos da ANTOLOGIA POÉTICA DE 
TODOS  VI _ Coletânea de poemas apresentados no varal por ocasião das manifestações independentes  pelos poetas
na Cinelânda - agosto/ dez.1980/ Feira da Poesia. Editada e publicada por Leniel Jair e Teresa Jardim _
n'O Poético, nossa revista de poesia independente que perdurou por uma década 89/99 em Nova Friburgo/R.J).
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romantismo
Quem terá um amor
nesta noite de luar,
para pensar,
ter um belo pensamento
e passá-lo ao vento?

Quem terá um amor
longe, perto e impossível
para se ver chorando
e gostar de chorar,
adormecer de lágrimas
ao luar?

Que tivesse um amor
e entre o mar e as estrelas
partisse em nuvens,
dormente ou acordado,
levitando apenas pelo
amor levado.

Quem terá um amor,
sem dúvida, nem mácula,
sem antes e nem depois:
verdade e alegria...

JANE F. FREMAM 
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força interior
 Quando na vida se imaginar só;
quando o amor próximo não mais existir;
quando a verdade transforma-se
em uma pequena e inútil ilusão...
Olhe para o horizonte e flutue junto
com os pontos que farão parte de 
uma nova esperança de encontrar no amanhã
a certeza de que não vale só apenas acreditar,
na força próxima, mas sim na sua própria força.

DÉBORA P. CARVALHO 
_Publicado por Teresa Jardim em O Poético(década de 90)
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