domingo, 17 de outubro de 2021

Quase soneto de quase amor

 Poema extraído do O Poético 14 (89/99)



QUASE SONETO DE QUASE AMOR


Portanto agora não vou mais chorar.

E a aurora, com seus dedos cor de rosa,

vai me pegar ao leito adormecido, 

da noturna vigília enfim liberto.

Os astros voltarão ao seu percurso

normal, seguindo a lei do universo.

E o verso, mudo, vai cantar louvores

ao pássaro cantor da madrugada, 

á lua, ao céu, às nuvens ao redor.

E tudo aquilo que restar da dor

do amor que por si só se consumiu

será na minha vida um bem maior.

   

JOÃO BOSCO

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