terça-feira, 30 de dezembro de 2014

religare

RELIGARE
Ele dizia que
se eu quisesse escrever/ teria que ser todo dia
a vontade e a revelia 
quem ouvisse falar não compreenderia
como transformar um hábito em mania

Até que não sobre censura?
no cérebro da literatura
o pouco que se lê
 já satura

O que importa é saber
colher/ colheita e ventura
e tudo mais que está por vir
flui sem amargura...

O doce da palavra 
que enternece a alma
o verso meigo e mágico
estremece a palma
alegra e acalma

Aclamada no silêncio penso
 sem capa nem espada
na religiosidade do
Tempo...


Teresa Jardim_ 06/nov/2014